Hino
Letra do Hino e Bandeira do Município de São Joaquim de Bicas
Publicado em 11/08/2017 09:28 - Atualizado em 11/08/2017 11:13
Hino de São Joaquim de Bicas
Este hino de amor e beleza
Como um novo dia a raiar
Tendo porem a certeza
Que deus nossa terra vai abençoar.
Dos bandeirantes, graciosa nascestes,
Com harmonia bem estar a sorrir,
Das cordilheiras sublimes crescestes
Viva o presente confiando no povir.
Salve São Joaquim de Bicas!
Na terra bendita da cruz
O saber a aurora desponta
Vertendo nos montes torrentes de luz.
Maravilha! Botão em flor,
Os teus filhos te veneram com ardor
Terra tão bela, entre outras mil,
És mineira
És Brasil!
Ó meu rincão amado, de infinito céu azul de anil,
Tua prole hospitaleira és teu matiz
És a mais bela entre outras mil.
Salve São Joaquim de Bicas!
Na terra bendita da cruz
O saber a aurora desponta
Vertendo nos montes torrentes de luz.
Autor: Nelson Biasoli
Este hino de amor e beleza
Como um novo dia a raiar
Tendo porem a certeza
Que deus nossa terra vai abençoar.
A poesia deste hino, a música desta canção nos dá o panorama íntimo de cada um de nós ou de cada alma, pois nós temos o céu e a terra como testemunha, trazendo o seio de nossas famílias os músculos de nossa vida além da nobreza e a bondade humana no sentimentalismo dos próprios sentimentos: a nossa própria visão atinge o horizonte no invisível e não havendo mais limite aí é que o coração vê o que o olho não vê, mas sabendo que além, muito além, existe alguém para nos guiar, por isso pedi, um novo dia raiar e a Deus pedi, Oh! São Joaquim de Bicas que em ti, Deus, nos abençoe e a ajuizando a direção caminheira e a exastação do nosso objetivismo, onde eu quis citar a abstração, do absoluto e do infinito: pois no subjetivismo e sensibilidade decompõem o bem: manifestação superiores que caracterizam o ente superior, marca-se época, numa síntese que esculpe a civilização e a cultura delínea às épocas, forja as estruturas, inspira sensibilidade coletiva, possuindo em cada povo os seus padrões, pois, esta é a formação da presente canção, que traz a revelação original da harmonia, a realização de ordem e trabalho, a inteligência, do entusiasmo e a confiança mas além de tudo o ardor da vontade dos biquenses que tem a certeza da fraternidade.
Dos bandeirantes, graciosa nascestes,
Com harmonia bem estar a sorrir,
Das cordilheiras sublimes crescestes
Viva o presente confiando no provir.
Esta estrofe dedico aos inscritos Bandeirantes que palmilhavam o território brasileiro em busca de El Dorado, pois no dia 21 de julho de 1674, saiu de São Paulo a gloriosa bandeira chefiada por Fernão Dias Paes e seu genro Manoel Borba Gato a procura de riquezas no interior de Minas Gerais. José Betim, cunhado do famoso caçador de esmeraldas tomou parte dessa bandeira. Durante essa longa trajetória ficou conhecido o local onde está hoje situada a cidade de Betim na petição de Sesmaria feita por José Rodrigues Betim. Em 1711 ele indica claramente que terras ocupadas por ele e sua família ficavam entre o rio Paraopeba e a estrada que vai a Abóboras numa extensão mais ou menos três léguas quadradas. Muitos anos antes Manoel Borba Gato já possuía vasta extensão de terras nesta região da qual temos notícias através da petição que faz Francisco Duarte Meireles, em 1710 e explicava o seguinte: Meu sogro está há muitos anos senhor e possuidor de umas terras entre Paraopebas e a cordilheira do Itatiaia a encruzilhada do caminho das abóboras que vai para Itambira.
É certo que Manoel Borba Gato, José Rodrigues Betim e Francisco Duarte Meireles ocupavam por vários anos a terra que hoje é São Joaquim de Bicas. Essa terra era muito fértil, e o rio Paraopeba, servia de trilha para esses corajosos Bandeirantes que aqui aportavam com esperança de encontrar riquezas minerais. Não duvides quanto à presença de exploradores garimpeiros em São Joaquim de Bicas a partir de 1810. Esses corajosos Bandeirantes por alguns anos dedicaram ao trabalho rasgando o chão a procura de diamantes. Os antigos moradores deixaram neste local uma marca de lével que o tempo ainda não apagou, pois de geração a geração este fato é transmitido, conservando sempre como fato presente.
Ali construíram uma capela toda feita de madeira entalhada que servia de lugar onde as pessoas devotas faziam suas preces costumeiras, como a reza do terço a noitinha ou participar da novena do mês de maio, consagrando a Virgem Maria, até um minerador esculpir a imagem de São Joaquim a base de madeira. Desde essa época até os dias atuais, conservam a tradição São Joaquim do Campo Verde, e passando a denominar-se São Joaquim de Bicas, naturalmente porque o nome Bicas idicava com precisão o lugar ocupado pelos mineradores, e depois por ocasião de elevação de povoado a categoria de vila em 1852 ficando oficializado o nome de São Joaquim de Bicas. Em 1890 Pedro do Amaral Bambirra, professor e líder da pequena comunidade de profundo espírito religioso construindo também a base de madeira uma capela mais espaçosa. Em 1939 a família Silva Couto doou boa parte de terrenos para a formação de São Joaquim de Bicas. O povo de Igarapé, desejoso que a sede da paróquia viesse também para o distrito, julgou fácil a transferência se fosse construída uma igreja já que não existia ainda nos lugares e sim pequenas capelas. Tão logo o povoado de Igarapé, deixou transparecer essa ideia, lança pedra fundamental, e começam imediatamente a construir, naturalmente essa iniciativa de Bicas foi um choque bem amargo para a gente de Igarapé, que nunca poderia supor que os habitantes de Bicas tivessem condições para dar início da construção da Matriz.
Mas nem tudo está perdido, assim como a sede do distrito estava passando para Igarapé quase a força também a sede da paróquia seria transferida a força. Era esse o pensamento da população de Igarapé no princípio dos anos de 1940 no regime ditatorial de Getúlio Vargas. Era delegado de polícia em Igarapé José Joaquim do Prado que exercia o cargo com plenos poderes fazendo cumprir a lei ainda que fosse obrigado a lançar mão da violência. Pressionado pelo povo, o delegado manda quatro homens robustos com um carrinho de mão, a fim de transportar para Igarapé a pedra fundamental para a construção da igreja Os homens enviados pelo delegado arrancaram da valeta a pedra que seria a base para a construção da igreja, uma pedra sabão trabalhada pesando aproximadamente 30 quilos.
O fato mais interessante é que os quatro elementos mal conseguiram colocar a referida pedra dentro do carrinho e quando começaram a puxá-lo o peso era tanto que as rodas afundaram no chão, tornando-se tão pesado que por mais força que os quatro homens fizessem, não conseguiriam mover o veículo. Para maior segurança os biquenses levaram a pedra para a casa do Sr. João Maria Henrique e a pedra que até então parecia pesadíssima fora levada por uma única pessoa. Por isso cito “Terra bendita da cruz”.
Salve São Joaquim de Bicas!
Na terra bendita da cruz
O saber a aurora desponta
Vertendo nos montes torrentes de luz.
Este estribilho é uma exaltação a cidade, a sua luta, o seu cotidiano, a sua gente, rica ou pobre, ilustre ou simples, preta, branca, amarela ou vermelha de todos os credos, de todos os tempos, de todas as idades, mas unidas todas no saber, e no facho de luz, todas unidas na conscientização, todas importantes na perpetuação espiritual como realidade, como cultura, como história, luta pacífica, trabalho, fé, entusiasmo, energia, destacando-se todos da às origens, com a ânsia de arrojo e de futuro. Exalto no estribilho: a terra, a energia, a concordância, a beleza, o caminho, além de tudo o amor que nivela os caminhos da integração da terra e do homem, e no saber e a torrente de luz, segue a missão pacífica, mas, resoluta do seu destino.
Além de tudo esta vida multiforme que es tua no ar, da qual fazemos parte, no comércio, na indústria, na administração, na religião, a escola, a alegria da paz, alegria do amor e a união do teu povo.
Maravilha! Botão em flor,
Os teus filhos te veneram com ardor
Terra tão bela, entre outras mil,
És mineira
És Brasil!
Ó meu rincão amado, de infinito céu azul de anil,
Tua prole hospitaleira és teu matiz
És a mais bela entre outras mil.
Nestes versos refiro-me ao “botão em flor”, o nascimento do município, mas mesmo assim nas graças de sua simplicidade, São Joaquim de Bicas tem a vontade esclarecida, construindo seu prestígio, evoluindo e conservando a humildade.
Nascida da agricultura e das minas, a sua coragem semeia seu caráter com a robustez do ideal e a delicadeza do desprendimento. Tendo base na sua religiosidade sem preconceito, és como a seiva que germina da fragilidade do pólen, ao vigor do cerne rígido.
Por isto tudo Bicas sabe querer bem, porque é sincera, porque confia, porque crê, conserva entretanto harmonia de sua origem, através de sua exemplar vida. De sua história de sua gente, pois “Tua prole é teu matiz”. A prole é a sua gente, os filhos de seus filhos, Teu Matiz é a sua sociedade, as suas cores.
Nasceu com esforço de seus desígnios e convicção, cresce, voa, segue, continua Porque nos músculos enrija a força que constrói, no cérebro diretrista a conscientização cívica do dever, e na alma acaricia a pureza das intenções.
Sendo resolução e ênfase, participação da beleza da ideia, da consonância e da harmonia, sempre será representada na mobilidade humana através das gerações a grandiosidade da pátria, a grandiosidade de Minas Gerais e sublimidade a Deus, tornando-se assim “Cidade Devoção”.
por Lucas Freitas